A pergunta: “O que é gestão de produtos?” surge com bastante frequência, até mesmo de empresários experientes. Um dos motivos é que o gerenciamento de produtos abrange uma ampla área de responsabilidades. Na verdade, o papel em si significa coisas muito diferentes em diferentes organizações.

O que é Gestão de Produtos?

A Gestão de produtos é um tipo de ação multidisciplinar que tem por potencial trazer produtos e serviços mais avançados para o mercado da atualidade. Os profissionais responsáveis, são incubidos de tomar decisões críticas e definem a criação de novos itens que sempre aparecem ao longo da execução. Em muitas empresas, esse trabalho é executado por times de desenvolvimento, já que é mais comum na área de tecnologia, produtos são a forma como as empresas entregam valor ao mercado.

O que é gerenciamento de produto?

O gerenciamento de produtos é um encargo organizacional que norteia a etapa do ciclo de vitalidade de um produto: desde o seu início no  desenvolvimento até o posicionamento e a precificação como etapa final, com foco no produto e nos clientes acima de tudo. Para criar o melhor produto possível, o Product Manager representa o cliente na empresa e garante que a representação do mercado seja levada em consideração.

Antes de definir o que é ser um PM (Product Manager) e falar sobre gestão de produtos, é preciso entender que este profissional dialoga com diversas áreas e precisa demonstrar certas habilidades relacionadas a elas.

Estou falando das áreas de Design, Experiência do Usuário, Tecnologia/Desenvolvimento de Software, Marketing, Growth, gestão de produtos, produto, Gerenciamento de produt,os etc. Mas atenção: nenhuma dessas áreas deve comandar a maior parte do tempo do PM no longo prazo.

Já ouvi muitas pessoas tentarem descrever a função de maneiras diferentes. Talvez, a frase que mais ouvi foi: “um PM é como o ‘CEO do produto’”. Na minha opinião, é uma analogia pobre.

Uma grande diferença é que, ao contrário do CEO, os Gerentes de Produto estão nas trincheiras executando com a equipe. Não é apenas um papel estratégico para definir uma visão de alto nível, já que você tem que colocar a mão na massa diariamente.

Aqui está a resposta mais concisa que sugiro para a pergunta “O que é um gerente de produto?”: o gerente de produto tem que conduzir estrategicamente o desenvolvimento, o lançamento no mercado e o suporte e aprimoramento contínuos dos produtos de uma empresa.

Por isso, como falei anteriormente, o PM precisa interagir e ter habilidades de tantas áreas-chave do negócio. Ele precisa ter a visão estratégia e tática do que deve ser feito para que seu produto dê certo.

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Quais são os pré-requisitos para ser Product Manager?

Não existem pré-requisitos técnicos para ser Product Manager. Você não pode obter um diploma em gerenciamento de produtos.  

Mais importante que conhecimento técnico, um(a) Product Manager deve desenvolver suas habilidades como líder, sua capacidade de escutar usuário(a)s, comunicar claramente sua visão para a empresa e garantir a motivação e senso de propósito do time. É mais sobre as habilidades necessárias para fazer bem o trabalho do que um certificado específico.

Veja este vídeo, em que nossa professora Ticiana Amorim fala sobre a profissão de Product Manager e porque você pode se encaixar nela.

Abaixo está uma imagem famosa que representa onde está posicionado um Gerente de Produto no negócio. Segundo a representação, um PM deve estar na intersecção entre 3 áreas críticas de uma empresa: experiência dos usuários, tecnologia e negócios.

Diagrama, Diagrama de Venn

Descrição gerada automaticamente

Mas na prática, muitas vezes, um PM tem que interagir com ainda mais áreas, como representado nessa imagem do Product Gurus.

Diagrama

Descrição gerada automaticamente

Como é o dia a dia de um gerente de produto?

As tarefas do dia a dia incluem uma ampla variedade de funções estratégicas e táticas. Inclusive, uma parte dos gerentes de produto não assume todas essas responsabilidades; em algumas empresas, pelo menos algumas delas pertencem a outras pessoas.

Com a exceção de alguns casos, a maioria dos profissionais de produto passa a maior parte do tempo focada no seguinte:

Condução de pesquisas: pesquisar para obter conhecimento sobre o mercado da empresa, sobre os usuários do produto e sobre os concorrentes.

Estratégia de mercado/produto: moldar o conhecimento do mercado do plano estratégico de alto nível para o plano tático e operacional para seu produto - incluindo metas e objetivos, uma visão geral ampla do próprio produto e talvez um cronograma de evoluções e melhorias para ele.

Planos de comunicação: desenvolver um plano estratégico de trabalho usando um roteiro de produto e apresentá-lo às principais partes interessadas em sua organização: executivos, investidores, sua equipe de design e desenvolvimento, etc. Comunicação contínua e clara entre suas equipes multifuncionais ao longo do processo de desenvolvimento e além.

Coordenação do desenvolvimento do produto: é papel do PM elaborar a estratégia e coordenar cada fase do desenvolvimento do seu produto, garantindo a eficácia do projetado x executado e atento para, se necessário, mudar rapidamente de direção/estratégia.

Atuação com base em feedback e análise de dados: finalmente, depois de construir, testar e apresentar o produto ao mercado, aprender por meio da análise de dados e solicitar feedback direto dos usuários (o que funciona, o que não funciona e o que adicionar). Trabalhar com a sua equipe para incorporar esse feedback em iterações futuras do produto.

Para tudo isso acontecer da melhor forma, um PM precisa ser capaz de trabalhar e ter a confiança de toda a equipe. Não é uma posição isolada que tem apenas um foco. Um PM deve ser capaz de trabalhar multifuncionalmente para garantir o sucesso do seu produto.

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O que um gerente de produto faz?

Esta não é uma explicação simples, uma vez que as atividades de trabalho diárias de um PM podem se transformar dependendo do estágio do ciclo de vida de desenvolvimento do produto. Em geral, existem 3 fases diferentes em que os PMs se encontrarão: Descoberta, Planejamento e Execução.

Fase de descoberta (Discovery)

Antes que uma equipe possa começar a construir um produto, alguém deve sair e descobrir o que precisa ser construído. Esta é a tarefa de um Gerente de Produto: encontrar os problemas mais importantes e definir quais deles devem ser resolvidos.

De modo geral, existem duas fontes que os PMs podem usar durante a fase de descoberta: Dados e Clientes.

Se você já tem um produto existente e está procurando desenvolver novos recursos ou capacidades, os dados podem lhe dar dicas de onde estarão as oportunidades do produto.

Os grandes PMs sabem como usar ferramentas analíticas para acessar os dados da ponta dos dedos e como obter o suporte de cientistas de dados ou equipes de análise para mergulhos de dados mais profundos.

Frequentemente, os dados são muito confusos ou pequenos para tirar conclusões do produto. É por isso que é importante complementar as percepções quantitativas com feedback dos clientes! Entrevistas com clientes são uma ótima maneira de obter retorno qualitativo de usuários atuais ou potenciais.

Na fase de descoberta, os gerentes de produto devem procurar passar uma quantidade significativa de tempo com os clientes.

Alguns princípios para a fase de descoberta de produto:

1- Ficar obcecado com os clientes, não com a concorrência - a quem meu produto atende?

2- Crie produtos que sejam valiosos, utilizáveis e viáveis - Como medirei o sucesso do meu produto?

3- Design é a diferença - Qual é minha visão única?

4- Faça com que os clientes cheguem à proposta de valor central + momento “Aha” - Qual é o propósito / valor do meu produto para o usuário?

Diga não a muitas coisas. A última coisa que você quer é bagunçar.

Faça as perguntas desta LISTA DE OURO:

  • Que problema isso vai resolver? (Proposta de valor)
  • Para quem resolvemos esse problema? (Mercado-alvo)
  • Qual é o tamanho da oportunidade? (Tamanho do mercado)
  • Como iremos medir o sucesso? (Métricas)
  • Que alternativas existem agora? (Cenário competitivo)
  • Por que somos os mais adequados para fazer isso? (Nosso diferencial)
  • Por que agora? (Janela de mercado)
  • Como vamos colocar este produto no mercado? (Estratégia go-to-market)
  • Quais fatores são críticos para o sucesso? (Requisitos da solução)
  • Diante do exposto, qual é a recomendação? (Go ou no-go)

Fase de planejamento

Depois de vasculhar os dados e passar tempo com os clientes, cabe a um Gerente de Produto ajudar a priorizar quais produtos ou recursos valem a pena buscar.

Infelizmente, todas as empresas têm tempo e recursos limitados, por isso é essencial que os PMs definam as prioridades certas a serem seguidas pela empresa.

Em geral, é adotado um clico Contínuo de melhoria do produto:

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Metodologias Ágeis

Nos produtos digitais, na sua maioria, se usa as metodologias ágeis de gestão. Principalmente o Scrum, para gestão do projeto, atividades, prazos, responsáveis e dimensionamento das entregas.

Segundo a definição de Schwaber e Sutherland, o Scrum é um framework para desenvolver e manter produtos complexos, através do qual pessoas podem tratar e resolver problemas complicados e adaptativos, enquanto produtiva e criativamente entregam produtos com o mais alto valor possível.

O Scrum divide o desenvolvimento do projeto em iterações de não mais que 1 mês, chamadas de Sprints, durante o qual uma entrega relevante deve ser criada. Sprints têm durações coerentes com o esforço de desenvolvimento. Uma nova inicia imediatamente após a conclusão da anterior.

As Sprints são compostas por uma reunião de planejamento, reuniões diárias, o trabalho de desenvolvimento, uma revisão da Sprint e a retrospectiva da mesma, que ocorrem nessa sequência.

Na reunião de planejamento é definido seu objetivo e como o trabalho será realizado nesta iteração. As reuniões diárias servem para que o Time de Desenvolvimento possa sincronizar as atividades e criar um plano para as próximas 24 horas.

A Revisão da Sprint é executada no final da Sprint para inspecionar o que foi feito, extrair qual será o próximo passo para a próxima Sprint e adaptar o Backlog do Produto se necessário.

A Retrospectiva da Sprint é uma oportunidade para o Time Scrum analisar a si próprio e criar um plano para melhorias a serem aplicadas na próxima Sprint.

O grande diferencial do Scrum é dividir o projeto em pequenas entregas que são revisadas e adaptadas ao final de cada ciclo. Percebe-se que o Scrum é altamente recomendável para empresas que tenham, no seu ciclo de projetos, produtos dinâmicos e com alta taxa de mudança de requisitos.

Três pilares apoiam a implementação da gestão do projeto com o Scrum: transparência, inspeção e adaptação.

A transparência dita que os aspectos significativos do processo devem estar visíveis aos responsáveis pelos resultados.

A inspeção consiste em os usuários Scrum frequentemente realizarem a inspeção do progresso em direção a detectar variações.

Por último, a adaptação determina que se um ou mais aspectos de um processo está fora dos limites aceitáveis, e que o produto resultado será inaceitável, o processo ou o material sendo produzido deve ser ajustado.

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Os times Scrum são auto organizáveis e multifuncionais; entregam produtos de forma iterativa e incremental, maximizando as oportunidades de realimentação.

O Product Manager ou o Product Owner, dependendo da estrutura da empresa, é responsável por representar os interesses das partes interessadas e também definir a lista com todos os requisitos para o projeto (a chamada Product Backlog).

O time de desenvolvimento é responsável por entregar uma versão do produto ao final de cada período estipulado para o desenvolvimento.

Como usar o método Kanban na advocacia | Kanban

A gestão das atividades é feita, em geral, utilizando um quadro Kanban.

O uso do Kanban visa tornar o acompanhamento do trabalho da Sprint mais claro e visual. O quadro é composto por cartões, que são movimentados nas colunas de acordo com o andamento das atividades.

O Scrum utiliza o quadro Kanban de forma mais complexa, amarrando as correlações e sequenciamento entre atividades, criando histórias e atribuindo pontos para elas, de forma que seja possível medir e equilibrar o trabalho. Neste contexto é introduzido o conceito de sandbox, icebox, backlog, entre outras modificações mais complexas.

Além disso, o kanban utilizado no Scrum, por vezes, é alterado para mais de 3 estados: a fazer, em andamento e feito. Em times de desenvolvimento de software, é comum separar também por setor, por exemplo: a fazer – design, em andamento – design, feito – design, pronto para dev, a fazer – dev, em andamento – dev, MR (merge request) - dev, feito – dev.

Para criação e gestão desse quadro, em geral se usa softwares como Monday, Trello, ClickUp e Jira.

Quanto maior a empresa em que o PM opera, mais complexa será a fase de planejamento. Como existem tantas peças móveis, nem sempre é tão simples quanto escolher a maioria dos dados ou projetos apoiados pelo cliente a serem perseguidos. As organizações devem levar em consideração outros projetos internos, requisitos técnicos, época do ano, orçamentos, fatores de risco, etc.

Devido à importância do estágio de planejamento, o PM provavelmente se encontrará em várias reuniões com a liderança e outras partes interessadas relevantes.

Durante essas reuniões, os PMs apresentarão suas descobertas e sugestões para o roteiro, enquanto trabalham para obter a aprovação da liderança. Na maioria das vezes, essas reuniões acontecem enquanto o restante da equipe continua executando as iniciativas atuais.

Assim que os planos para o produto começam a tomar forma, os gerentes de produto devem trabalhar extensivamente com a equipe de desenvolvimento. Essa colaboração inclui engenheiros, que nem sempre se dão bem com gerentes de produto, bem como arquitetos e equipes de garantia de qualidade.

Para criar uma experiência de usuário fantástica, os gerentes de produto também devem colaborar com designers de UX (user experience ou experiência do usuário). Cultivar uma verdadeira parceria e não ser meramente transacional é a chave para conceber produtos excepcionais.

Fase de Execução

Diagrama

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A imagem acima define muito bem onde um PM ficará durante a fase de execução de um produto.

Começando com a seção de construção, espera-se que um PM trabalhe de perto com as funções de desenvolvimento e design.

O PM completará uma série de atividades enquanto trabalha com esta tríade, incluindo: trabalhar com designers para criar maquetes, definir requisitos para desenvolvedores, rastrear processos de desenvolvimento e executar testes de usabilidade com clientes.

O ciclo de construção de um produto nunca termina realmente, uma vez que as equipes devem estar constantemente buscando melhorar seus produtos.

Depois que um produto é construído, é importante que um PM trabalhe com marketing e design para garantir que o produto obtenha a exposição certa no mercado. O Product Manager é importante nesta fase, pois ele entenderá quais aspectos do produto precisam ser enfatizados para estimular os usuários em potencial.

Por último, um PM deve estar em contato próximo com o Suporte / Operações para garantir que o produto esteja funcionando bem o tempo todo. Interrupções de serviço, falhas e bugs são todos problemas que surgem inevitavelmente com qualquer produto de software. Todos esses problemas devem ser acompanhados de perto pelo PM, garantindo que não atrapalhem uma ótima experiência do usuário.

Uma vez que seu produto está “na rua”, você deve medir tudo que for relevante para análise da adoção pelos usuários e evolução da experiência deste produto, visando, sempre, entregar mais valor para o usuário:

1. Construa MVP’s (mínimo produto viável) - teste suposições e valide sua aprendizagem. O esforço para executar um MVP deve ser baixo, não coloque muito esforço nisto.

2. Meça o NPS (Net Promoter Score). Uma forma de entender o grau de satisfação dos usuários com seu produto.

3. Rastreie tudo que for relevante para você entender melhor os usuários e o que deve ser feito para melhorar seu produto.

4. Faça testes de hipóteses, ou comumente chamados de Testes A/B.

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Uma vez construído e rodando no mercado, o produto entra em uma fase extremamente importante: passar do abismo dos early adopters, entender o que fez seus primeiros usuários adquirirem seu produto e replicar/intensificar isso no produto e/ou na estratégia de marketing para que mais e mais pessoas adquiram o produto, até atingir o famoso Product Market Fit.

Talvez você tenha se perdido em alguns conceitos:

Early Adopters: Geoffrey A. Moore mostra que no ciclo de vida da adoção de um produto há um grande abismo entre os “early adopters”, aquelas pessoas que começam a usar um produto ou tecnologia assim que se torna disponível, e a “early majority”, como ele conceitua.

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O desafio para os profissionais de Produto e de Marketing é estreitar esse abismo e acelerar a adoção em todos os segmentos.

Product Market Fit (PMF): para Sean Ellis, Product Market Fit, ou adequação do produto ao mercado, é quando uma parcela grande de clientes fica muito desapontada ao não poderem mais utilizar o seu produto.

Ele propõe que se você fizer uma pesquisa e mais de 40% da sua base ficar muito desapontada em não poder mais utilizar a sua solução, seria uma indicação que você encontrou o PMF.

Finalmente, qual é a função de um Gerente de Produto? É ser:

  • A voz do cliente
  • Preencher as necessidades de negócios e engenharia
  • Estabelecer prioridades
  • Coletar a opinião / aceitação das partes interessadas
  • Definir o produto
  • Nutrir uma parceria com o Designer / Engenheiro para testar e construir o produto
  • Analisar os dados - definir ideias de teste
  • Iterar para alcançar o ajuste do produto / mercado

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Habilidades do gerente de produto

O gerenciamento de produtos requer uma combinação de habilidades específicas, sejam elas hard skills ou soft skills, para conduzir um produto com eficiência pelas várias fases de seu ciclo de vida.

Resolução de problemas

O trabalho de um gerente de produto é organizar os recursos de sua equipe para gerar valor de negócio. Sua equipe terá problemas (por exemplo, aumentar a adoção de um produto, reduzir a rotatividade de um serviço, aumentar a conversão de um fluxo), e sua responsabilidade será orientar sua equipe para torná-lo menos problemático.

Uma estratégia, emparelhada com uma visão clara, é essencialmente o seu caminho do problema à solução.

Poder de execução

Um PM que não é bom em nada além da execução é valioso para uma equipe, enquanto uma equipe com um PM que não consegue executar fica melhor sem esse profissional.

Taticamente, a execução inclui tarefas como construir um roteiro em que todos da equipe estejam alinhados, estabelecendo e cumprindo prazos e desbloqueando os bloqueadores.

Para novos PMs, meu conselho é começar a praticar essa habilidade imediatamente!

Comunicação efetiva

Os engenheiros codificam, os designers produzem designs e os gerentes de produto... Comunicam-se.

Tudo o que você faz como gerente de produto é feito por escrito, através de palestras e reuniões. É importante deixar claro a visão da empresa, os objetivos da empresa, a função do seu produto nesses objetivos e desdobrar claramente isso para as atividades da sua equipe.

Liderança

Geralmente, os PMs têm toda a responsabilidade sem qualquer autoridade real. É uma tarefa difícil. Mas quando funciona, é extremamente gratificante.

Para ter sucesso, você precisa ser capaz de construir a confiança de seus colegas de equipe, tomar decisões, mas também dar voz a todos e manter o moral elevado, não importa o que esteja acontecendo.

Os melhores PMs rapidamente se tornam os líderes de fato da equipe, não por causa de qualquer autoridade real, mas porque ajudam todos a fazerem o melhor trabalho de suas vidas.

Tomada de decisões com base em dados

As equipes geralmente procuram o PM para ajudá-los a tomar decisões. Esteja pronto(a) para tomar dezenas de decisões em nome da equipe diariamente!

Seu melhor amigo na tomada de decisões é um conjunto claro de princípios que você alinhou anteriormente, assim como dados concretos (quantitativos e qualitativos). Quanto menos opiniões você tiver para confiar e quanto mais fatos tiver à sua disposição, mais fácil se tornará sua vida.

Intuição e dados, lado a lado

No final do dia, você está construindo um produto para outras pessoas e, portanto, deseja adquirir alguma experiência ao fazer isso.

Todas as outras habilidades acima contribuem para isso, mas existem algumas habilidades únicas a serem desenvolvidas aqui, incluindo:

- construir um instinto para o que torna um produto excelente;

- encontrar o equilíbrio entre arte e ciência;

- trabalhar melhor com outras disciplinas.

“A intuição do produto é uma habilidade: é a observação do comportamento humano, treinada por dados e aplicada a software.” - Merci Victoria Grace

Esteja sempre preparado

Todos devem sentir que se você ou sua equipe assumirem uma tarefa, ela será feita, e feita excepcionalmente.

A chave para construir esse tipo de confiança é tornar-se cada vez mais orientado para os detalhes e ter um padrão mais elevado do que aqueles ao seu redor.

Não quer dizer que você tem que ter as respostas para tudo, mas você precisa ter a mentalidade de que você e sua equipe são capazes de resolver qualquer problema.

Funções dentro de uma equipe de produto

Nem só de PM vive uma área de Produto! Existem diversas funções possíveis dentro da área de Produto, e é uma verdadeira sopa de letrinhas. Vou descomplicar um pouco para você:

  • Analista de Produto — Iniciante na área de gerenciamento de produto;
  • Product Owner (PO) — Função inicialmente relacionada ao Scrum, para determinar a função da pessoa responsável pelo refinamento e priorização do Backlog. Essa função muitas vezes se confunde ou é abarcada pelo Product Manager;
  • Product Growth Manager ou Product Marketing Manager – foca nos problemas em alguma das métricas do negócio, buscando melhorar uma das etapas do ciclo de vida do produto;
  • Product Manager com foco em dados – profissional mais voltado(a) ao gerenciamento e análise dos dados. Normalmente, pessoa que gosta de trabalhar com números e ter contato com a área de Data Analytics;
  • Product Manager com foco em tech – tem uma forte bagagem técnica, e não raramente saiu da área de Engenharia para a área de Produtos. Dedica boa parte do seu tempo aos aspectos técnicos do produto;
  • Product Manager com foco em Design – profissional muito voltado(a) ao Design e à estética do produto - um PM Designer famoso era Steve Jobs, co-fundador da Apple;
  • Product Manager com foco em Business: tem familiaridade e experiência com finanças, área de operação e negócios;
  • Global Product Managers (GPM) e Head de Produtos — Posição não operacional, se também existir a figura do PM na equipe, focada em desenvolvimento humano do time de Produto e visão estratégica do negócio e do roadmap de produtos;
  • Diretor de Produtos e Chief Product Officer (CPO) — Responsável por definir e acompanhar objetivos e metas da empresa, buscando clareza, propósito e alinhamento de expectativas entre o caminho da empresa e as entregas do time de produto.

Como montar uma equipe de Produto

Sua equipe de produto deve ter as habilidades de gerenciamento, design e engenharia, e o marketing e as vendas também podem fazer parte de uma perspectiva mais ampla.

Não se esqueça que, em produtos digitais, em geral, a falta de engenheiros é o "gargalo" da equipe. Então, sempre que possível, crie funcionalidades que não precisem diretamente da engenharia para implementação.

Ainda neste ponto, lembre-se disso na hora de projetar sua equipe, e uma sugestão de mercado é: se a organização tem o total de 10–15 membros, 6–8 devem ser engenheiros.

Qual conjunto de softwares deve ter um gerente de produto?

  • Rastreamento de usuários e aplicativos de análise: Google Analytics, Mixpanel, SQL, Firebase, Excel / Planilhas, etc.
  • Ferramentas de pesquisa de clientes: Survey Monkey, Google Forms.
  • Aplicativos de gravação para entrevistas com clientes: os exemplos incluem aplicativos de reuniões online, como Google Meets, Zoom, etc., que podem gravar chamadas em conferência ou chats de vídeo.
  • Aplicativos de Roteiro: Aha!
  • Aplicativos de bate-papo em equipe: existem muitos aplicativos de mensagens em equipe, mas você vai querer encontrar uma solução que ofereça compartilhamento de arquivos e outras ferramentas de colaboração. Os exemplos incluem Slack, Microsoft Teams, Discord, etc.
  • Software de apresentação: PowerPoint, Canva, Google Presentations.
  • Aplicativos de gerenciamento de projetos: Monday, Trello, ClickUp, Jira.
  • Fluxograma e ferramentas de fluxo de trabalho: Visio, Draw.io, Whimsical. Eles podem ajudar uma equipe de produto a criar e visualizar a jornada do usuário do produto, o que pode ajudar a equipe a entender melhor e melhorar os fluxos de trabalho do produto.
  • Aplicativos de prototipagem (para designers de UI/UX): Sketch, InVision, Figma.

Habilidades técnicas

Pode não haver um debate tão polarizador na comunidade de gerenciamento de produto quanto a este assunto. Quão técnico deve ser um gerente de produto? Os gerentes de produto não técnicos serão extintos?

Não há dúvida de que um gerente de produto deve ter algum nível de conhecimento técnico. Os gerentes de produto devem estar familiarizados com os fundamentos para um diálogo significativo com a engenharia.

Devem, então, entender se estão criando uma enorme dívida técnica com suas decisões, bem como administrando a dívida existente. E eles provavelmente devem ter conhecimento suficiente para usar seu produto e se relacionar com os clientes que ele deve atender.

Não é obrigatório você saber programar, mas é crucial você entender os conceitos fundamentais de tecnologia. Isso inclui: front-end, back-end, API, GitHub, pull request, mobile vs web development. O PM tem que saber o que está em jogo para cada conceito. Por exemplo, desenvolver um aplicativo implantado nas plataformas Android e iOS dobra o tempo necessário.

Ao se candidatar a um emprego de PM em uma determinada empresa, tente entender qual é a tech stack dela e familiarize-se com ela. Por exemplo, uma empresa que usa JavaScript com React para front-end e Node.JS para back-end.

Se você já é um Gerente de Produto, não hesite em perguntar aos desenvolvedores como algo funciona! Um dos melhores conselhos que já recebi é “encontre sua alma gêmea tecnológica”. É alguém da equipe de tecnologia de quem você é próximo, a quem você pode fazer qualquer pergunta, mesmo aquelas que parecem estúpidas para você!

Conhecimento de negócios

Os gerentes de produto podem ou não ser responsáveis ​​pela receita de um produto, mas são essenciais para garantir que o produto seja bem-sucedido financeira e estrategicamente.

Nesse ponto, o PM começa definindo uma visão e metas para o produto. Embora possam vir do fundador ou da equipe executiva, uma vez estabelecidas, o gerente de produto deve ser o responsável por eles. Traduzir essas ideias abstratas em táticas necessárias para torná-las realidade faz parte do trabalho.

Outras funções, como encontrar a adequação do produto ao mercado e avaliar as solicitações de clientes e clientes em potencial, também exigem inteligência comercial aguçada.

Para fazer isso, os gerentes de produto devem pensar estrategicamente, mesmo quando lidam com minúcias. Nenhuma escolha é irrelevante. Eles devem considerar dinamicamente todas as repercussões possíveis para evitar impactos negativos na experiência do cliente ou nas vendas.

E então existem os números. Os gerentes de produto devem estar familiarizados com as métricas importantes. Eles devem usar a tomada de decisão baseada em dados para impulsionar o produto adiante.

Crescimento, receita e lucratividade estão todos sob a alçada do gerenciamento de produtos, mesmo que não sejam diretamente responsáveis ​​por eles.

Como está o mercado para Product Managers?

Gráfico, Histograma

Descrição gerada automaticamente

Com uma média salarial de R$ 190 mil por ano, segundo o Glassdoor, e média de R$ 19.025/mensal segundo o Guia Salarial 2021 produzido pela Robert Half, o cargo de Product Manager vem se consolidando com uma das profissões mais bem pagas do Brasil. Claro que, para chegar até esse patamar de salário, existe um caminho a ser percorrido.

Tabela

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Apesar dos altos salários como principal atrativo e do fato de que 7 em 10 Product Manager's estão satisfeitos com suas carreiras*, muitas empresas estão tendo um grande desafio na hora de contratar — não há profissionais suficientes no mercado para atender à grande demanda de vagas.

O principal desafio está na área de educação. As universidades não preparam pessoas para lidar com a realidade do mercado em busca de lideranças de produto.

*Dados do relatório The Future of Product Management

Como começar na área de produto?

Comece com o porquê: certifique-se de que Product Management é a área certa para você.

Antes de você mergulhar de cabeça, faça uma avaliação honesta do que te motiva - essa função é realmente certa para você?

Torne-se um gerente de produto se você se gostar de:

  • Resolver os problemas das pessoas (tanto de seus usuários quanto de sua equipe);
  • Impulsionar o crescimento dos negócios;
  • Trabalhar em colaboração com várias pessoas;
  • Desenvolver estratégia;
  • Liderar uma equipe (por meio de influência, não autoridade);
  • Comunicar-se com frequência e de forma ampla;
  • Tomar decisões;
  • Criar experiências incríveis para as pessoas;

Você não precisa se conectar a todos os itens desta lista, mas se a essência parecer certa, continue lendo.

Planeje seu caminho com base nos quatro caminhos mais comuns para se tornar um PM:

  1. Transição interna dentro da empresa - geralmente o caminho mais fácil e rápido, mas requer três coisas alinhadas: um processo de transferência interna de algum tipo, tendo a chance de demonstrar as suas habilidades e, o mais importante, um mentor na área de Produto interno para sua transição (geralmente seu novo gerente).
  2. Encontrar uma função de gerente de projeto júnior em uma grande empresa - Provavelmente o caminho mais comum para quem está começando na área. Procure programas completos de formação, que alinhem teoria e prática, de verdade, nem só estratégia, nem só teoria, um programa de formação de um PM deve aprofundar na prática o dia a dia de um PM com pessoas que vivem a profissão. Com essa mentalidade que desenvolvemos o nosso curso Product World, formação de Product Managers da Cubos Academy. Um curso que alinha teoria e prática de todos os conteúdos e habilidades necessárias para se tornar um excelente PM
  3. Junte-se a uma startup com necessidade de um PM - A chave para este caminho é ter conexões com fundadores, diretores ou gerentes de startups, mostrando muita vontade e obtendo sucesso quando você tem a chance. Procure empregos em startups, encontre uma maneira de encontrar fundadores e concentre-se no desenvolvimento das habilidades necessárias para um PM. Ter uma mentalidade de crescimento muito forte é fundamental, pois você terá que aprender a fazer esse trabalho rapidamente.
  4. Comece sua própria empresa - este é de longe o caminho mais trabalhoso e raramente planejado, mas funciona. Os CEOs geralmente se tornam PMs após uma aquisição, pois o trabalho é muito semelhante. Como alternativa, os fundadores podem assumir a função de PM em sua própria empresa, à medida que a empresa cresce.

Embora essa transição de carreira muitas vezes pareça misteriosa e aleatória, deve confortá-lo saber que todos os gerentes de produto que trabalham hoje passaram por essa transição de uma forma ou de outra. Se você ainda não acredita que pode fazer isso acontecer, existem histórias de PMs que vieram das mais diversas áreas como engenharia, design, ciência de dados, produção cultural, gerente de projetos, consultoria, vendas, marketing, administração, etc.

E claro, desenvolva as sete habilidades básicas citadas acima: resolução de problemas, poder de execução, comunicação efetiva, liderança, tomada de decisões com base em dados, intuição e dados lado a lado e estar sempre preparado.

Em última análise, nossa resposta à pergunta “O que é gerenciamento de produtos?” é: o papel do Product Manager é sobre estratégia. Os gerentes de produto desenvolvem a estratégia do produto e a comunicam de forma persuasiva. Em seguida, garantem que todas as decisões relativas ao desenvolvimento, marketing, etc., reflitam e apoiem a estratégia.

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